27/10/2008

Speak english?

Há pouco no café à hora de almoço entram dois estrangeiros e sentam-se. A empregada dirige-se a eles e o senhor pergunta:

- Speak english?
- Sim, responde a empregada.
- Menu?
A empregada traz-lhes o menu. Regressa uns minutos depois e o senhor faz o pedido:
- Tuna sandwich and a home salad, please.
- Sim, responde a empregada. E para beber?
- Humm?, retorquiu o senhor
Ela aponta para a vitrine das bebidas.
- 2 coke's please.
- Sim.
- Thank you.
- Sim.

Uns segundos depois chega-se à mesa a dona do café.
- Can I help you?

Sem comentários...

Ahh, para ridicularizar ainda mais a coisa, isto passou-se no Algarve..

20/10/2008

A princesa aos 12 meses


- Gatinha e quando está mais preguiçosa, Rabinha (arrasta-se sobre um joelho com uma perna deitada no chão..)
- Anda agarrada às nossas mãos
- Tem 2 dentes cá fora, um a meio e uns quantos a nascer
- Ri bastante
- Bate palminhas e faz “põe-põe galinhita o ovo”
- Abana a mão para fazer xau e diz “xa-xa” sempre que se vai embora de algum sítio ou sempre que pedimos
- Adora brincar com brinquedos de encaixar e livros
- Sabe de cor a cor de algumas peças e os respectivos encaixes nos brinquedos
- Delira com o Pocoyo
- Gosta bastante de desenhos animados musicais. Dança e olha-os com bastante atenção
- Come sozinha, com as mãos, todos os alimentos sólidos
- Adora pão e bolacha Maria entre as refeições
- Come sopa, segundo prato e fruta ao almoço e ao jantar
- Gosta de TUDO (sopa, peixe, carne, fruta)
- Bebe 4 a 5 biberões de leite por dia
- Não é muito fã de papa
- Quando nos vê ao telefone pega no que estiver á mão, encosta ao ouvido e diz “Táááá..”
- Adora água e tomar banho mas tem medo do chuveiro
- Imita o que nós dizemos, principalmente as palavras pequenas
- Abre e fecha a mão quando nos quer chamar ou quando quer que vamos ao pé dela e diz “ana” (anda)
- Sabe dizer onde está o sapo da barrinha decorativa do quarto dela
- Aponta para a barriga e diz "ki" quando perguntamos onde está a Mathilde
- Responde por Mathilde e por Princesa
- ADORA andar de baloiço. Fica eufórica
- Não dispensa a fraldinha e a chupa para dormir
- Assim que a deitamos, volta-se para o lado direito e adormece
- Quando acorda fica a tentar ouvir algum barulho e depois começa a tagarelar para nos chamar
- Enfia os braços nas mangas quando a estamos a vestir
- Quando dizemos número 1 ela levanta o indicador
- Sabe brincar ao cu-cu
- Dá muito beijinhos nos livros, nos bonecos e a nós quando pedimos. Agarra-nos a cara e lambuza-nos com a boquinha aberta
- Sabe “dá mais cinco” e “give me five”
- Quando lhe perguntamos pelo Pocoyo ou pela Kitty aponta e diz “ki” (aqui)
- Sorri para toda a gente
- Está sempre bem disposta, mesmo quando está doente
- Envergonha-se e esconde a cara com pessoas que não conhece
- Adora as outras crianças
- Põe-se de pé na cama
- Tenta imitar-nos a colocar os cintos das cadeiras de comer e do carro
- Dá o que tem na mão quando nós dizemos dá e pede-nos logo de seguida esticando a mão e dizendo “dá”
- Brinca horas a fio sentada no seu tapete de brincar na sala


Tagarelices que se entendem:

- xa-xa (xau)
- ma-ma-ma (mamã)
- ana (anda)
- tá-tá (já está)
- ki (aqui)
- ná (não há)
- dá
- alhá / aia (olá)

Expressão que usa bastante mas até hoje não sabemos o significado: ah xéxé!

00h52. Apgar 7-9. Sexo feminino. 49cm. Mathilde (post longo)



02h40. Um frio intenso desperta-me. Olho à volta e do pouco que consigo distinguir apercebo-me que estou numa sala vazia, de azulejos brancos nas paredes. Pouco mais consigo ver. Mexo-me na tentativa de me levantar para tentar perceber onde estou mas rapidamente entendo que não o consigo fazer. Sinto a zona da barriga a repuxar e a doer. “Que se passa?”, pensei. A resposta cai-me rapidamente nos braços quando uma simpática enfermeira me coloca um bebé ao lado e me diz: “Esta é a sua filha!”. “A minha filha??”, pergunto eu com alguma admiração. “Sim!”. “Vamos tentar dar-lhe de mamar?”, pergunta ela. “Sim..”, respondo ainda meio adormecida.

Olho para ela e torno a olhar. Tem a pele morena, a boquinha vermelhinha e um cabelinho de anjo que consegue escapar por debaixo do gorro cor-de-rosa. Os seus movimentos são delicadamente pausados. E as suas mãos grandes, de dedinhos compridos mexem-se em jeito de “Olá mamã, cheguei!”.

O pai entra entretanto na sala. Os olhares parecem querer parar o mundo. Estamos ali os três, pela primeira vez. As palavras saem atabalhoadas e aos soluços. E rapidamente volta a enfermeira a dizer que o pai tem que sair. Diz-me também que vai levá-la para o berçário e que amanhã a levarão para perto de mim.

Em instantes sinto um vazio imenso e tento não pensar em nada. Foi tudo tão rápido.. Apenas sei que quero que o amanhã seja breve, muito breve.

Cama 13. É aqui que vou ficar. Pouco posso fazer. Nem sequer voltar-me. Envio uns sms a avisar que estamos bem e relembro o dia de hoje.

Levantei-me hiper bem disposta e pronta para mais um dia de espera. Decidi ir tomar o pequeno-almoço à pastelaria de sempre. O telefone não pára de tocar. Todos querem saber se “está quase?”. “Tudo tranquilo”, respondo. Na verdade, sinto uma pequenita contracção muito de vez em quando. Mas nem me preocupo. Completo hoje precisamente 41 semanas de gravidez. Trocado por miúdos dá 10 meses! Ufa! Mas cada dia foi uma bênção. Nem enjoos, nem mau estar, nem dormir mal, nem nada das “mazelas” habituais das grávidas. Sinto-me apenas pesada já que conto com 18kg a mais. Mas não importa. Há dias disseram-me no Hospital que a placenta está como nova, há bastante liquido amniótico e o bebé está excelente!

Combino ir almoçar com as colegas de escritório. Às 12h41, a caminho do restaurante, já vou de bloco na mão apontando os intervalos das contracções. 12h41..12h54..13h16..13h31.. São bastante espaçadas e não há razão para alarmes. Almoço e vou para casa. As contrações aumentam e resolvo ligar ao meu médico. Às 16h00 estou lá e ele diz-me que está demorado. Nada de dilatação e bebé bastante subido. A conselho dele fomos “subir e descer” montes na pick-up para ajudar no processo de descida do bebé. Foi uma aventura claro.. E as contracções a aumentar.. Às 17h30 estou de volta ao consultório. Conto-as de 30 em 30 segundos, com uma duração de cerca de 20 segundos cada. Ele diz-me que continua subida e não há grande evolução. Mandou-me ir subir e descer escadas para o shopping. Lá fomos. 19h00 e estou novamente no consultório com umas dores terríveis que nem me deixam estar sentada. Novo toque e boas noticias! “Agora sim! Já tem 3 dedos de dilatação. Vou escrever uma cartinha e vai já para o hospital”.

São 19h40. Chegamos ao balcão, faço a ficha, subo ao 5.º piso e aguardo na sala de espera. 10, 15, 20, 30 minutos à espera e cheia de dores. Lá se resolvem a chamar-me depois de um pai em espera ter reclamado em meu auxílio. Sou examinada e concluem que estou em trabalho de parto com 4 dedos de dilatação. Sigo para a sala de partos n.º 4 e espero que venham ter comigo. 10, 15, 20 minutos. E eu em delírio absoluto com as dores que aumentavam de minuto pra minuto.

Entra o aparato de enfermeiras. Colocam-me as cintas, o aparelho de medir a tensão, o soro e preparam o cantinho da Mathilde. Há muitos risos no ar e conversas. Faço-as rir e elas a mim. Contamos histórias e nem dou pelo tempo passar. Chega o pai de bata verde e senta-se ao meu lado. Novo toque e 5 dedos de dilatação. São quase 22h00. O polígrafo sai do papel a cada nova contracção. São extremamente fortes e insuportáveis. A anestesista chegou e enrolo-me toda para receber a epidural. 20 minutos depois deixo de sentir a perna esquerda mas as dores mantêm-se. Chamam a anestesista que me dá nova epidural porque o cateter se tinha movido.

Entro em desespero e por 2 vezes perco o controle mas tudo passa. A enfermeira rebenta-me as águas e faz novo toque. Não evoluiu e o bebé continua muito em cima. As contracções são agora mais fortes que nunca e chega a vontade de puxar. Dizem-me para aguentar. Reforço de epidural. 23h30 talvez.. Oito dedos de dilatação. “Já lhe sinto o cabelo”, diz a parteira. Estou deitada de lado e estafada. O bendito “pode fazer força” é chegado! Ok. Vamos lá. Força, força, força!... Mais uma vez.. Olho para a cara da parteira que não é muito animadora.. Ouço ela dizer “esta ao menos sabe fazer força bem, ao contrário da que está ali ao lado”. Fico contente, e continuo a fazer força acreditando que o fim está mesmo a chegar. 00h20. A parteira chega-se perto da minha cara, passa-me a mão pela testa e diz-me: “Minha querida, o bebé continua muito em cima e como já ai está há 41 semanas temos medo que entre em sofrimento e decidimos que é melhor ir para cesariana”.

Olho para o pai. Ele olha para mim. As lágrimas calam o olhar. Entrego-lhe os óculos e levam-me pelos corredores para a sala de operações. Por entre o rodopio das enfermeiras vejo os tão característicos projectores redondos do tecto da sala. A anestesista levanta a voz e diz: “Acabou a conversa agora! Não há tempo a perder!”. Vejo o lençol verde de buraco no meio a cobrir-me e o tubo da anestesia geral em direcção à minha cara. E adormeço...

P.S - Princesa, este post é para ti! Aqui etrás sempre uma recordaão dos momentos que antecederam o teu nascimento. Espero que gostes!

12/10/2008

Há precisamente um ano...

... estava assim. Completava 40 semanas de gravidez. Anseava pela chegada da Mathilde que só viria a acontecer uma semana depois, precisamente às 41 semanas.

Na primeira foto a barriguinha já denunciava as 10 semanas. Mas nada fazia prever aquela barrigona de fim de gestação. : )

10/10/2008

Tempo e amizade

O fim-de-semana está mesmo aí a chegar. E eu nem dei por esta semana passar.. Há sempre tanta coisa a fazer todos os dias. E o fim-de-semana lá vem dar algum amparo ao cansaço que se vai instalando em nós nos 5 dias que o antecedem. Às vezes ainda penso que queria voltar a estudar e tirar o meu mestrado, ou fazer algumas formações que tenho debaixo de olho. Mas.. não tenho tempo. Pelo menos pra já. Já se vem tornando hábito eu vir aqui desabafar sobre a falta de tempo, eu sei. Mas desde que sou mãe o tempo ganhou asas e às vezes até parece que nem o vejo.

Hoje estou num daqueles dias em que até os ossos reclamam sossego e silêncio. Ando cansada da sociedade. Acho que as pessoas estão cada vez mais mesquinhas, mais invejosas e menos humanas, que é o que realmente importa nesta vida!

Deixa-me triste que muitas vezes se esqueça o significado da palavra amizade. Acho mesmo que muita gente nem sabe bem o que isso é. E por isso, e em jeito de desabafo, aqui fica a minha definição do que é SER AMIGO.

É dar sem esperar nada em troca. É fazer sorrir quando nos recebem com olhar triste. É ter uma palavra amiga sempre. É estar longe na distância mas perto em pensamento. É partilhar alegrias e tristezas, experiências e resultados. É estar presente nos bons e nos maus momentos. É sentir alegria e felicidade pelas suas conquistas e alegrias. É gostar de saber que estão sempre por perto mesmo sem não nos vermos ou nos falarmos. É ter a certeza que quando ligamos estão sempre prontos para um café e um dedo de conversa. É entender. É dizer o que pensamos sem ofensa. É não exigir atenção.

E acima de tudo, é saber respeitar o espaço e o tempo de cada um, não se melindrar porque nos damos mais com este ou com aquele, e nunca deixar de se comportar connosco da mesma forma como sempre se comportou.

Obrigada por "me lerem" e estarem aí. Beijinhos, abraços e bom fim-de-semana a todos!

07/10/2008

Está a chegar....

....... mais um dentinho!!!! Agora é um incisivo central inferior. Cá pra mim ele leu o meu post e não quis ficar para trás.. eheheh

03/10/2008

Ser Mulher

Sempre tive alguma noção de o tempo corre mas nos últimos meses sinto que o tempo nos vence sempre na corrida diária contra ele. As 24 horas do dia bem se podiam multiplicar que mesmo assim, me parece, não seriam suficientes.

Saio de casa cedo e chego tarde. Divido o meu tempo com a filha, o marido, a casa, a roupa, as refeições.. No fim do dia fico sempre com a sensação de que EU não não tive tempo pra MIM... E é bem verdade. Olho para a unhas e penso que não vêem verniz há semanas.. O cabelo anda preso ao elástico para não se notar a revolução em que anda.. Sinto a garganta a doer e nem me lembro que ainda não tive tempo para ir buscar a roupa de meia estação.. Ponho um relógio e vejo que não tem pilha.. e acabo por reparar depois que tenho uns 4 ou 5 no mesmo estado.. Continuo a usar sapatos de verão porque os de meia estação não têm capas nos tacões.. E hoje rasgou-se uma lente de contacto.. porquê?.. porque são mensais e esta já deve ter uns 3 meses de uso.. Enfim..

Por mais que me desdobre não consigo esticar o tempo e as prioridades acabam por ser sempre as dos outros. Faço-o com gosto e dedicação, bastante! Gosto de vestir a princesa de manhã e deixá-la no infantário. De sair do trabalho e ir ás compras para o jantar. De Vê-la a bater palminhas quando a vou buscar. De brincar com ela quando chegamos a casa. De lhe dar o leitinho da tarde. De a deitar para a sesta antes de jantar. De cozinhar para nós. De fazer a sopinha da filhota. De lhe dar de comer. De deixar a cozinha arrumada antes de me deitar. De brincar com a princesa antes de ela ir dormir. De arrumar a roupa dela e assegurar-me que está tudo pronto para o dia seguinte. De esperar pelas 23h30 e lhe dar o último biberão com ela meio a dormir. De arrumar a roupa passada..

E depois... são 24h00 e está mais que na hora de dormir. Amanhã começa tudo de novo!

01/10/2008

Porque hoje se comemora o Dia Mundial da Música..

..e porque o fado é a expressão máxima da nossa cultura musical.. uma música que me diz muito!

"A música é o remédio da alma triste." (Walter Haddon)

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